Durante Seminário de Pauta das Estatais Federais, economista do DIEESE analisou o mercado de tecnologia da informação e apresentou dados promissores do setor no País
Além da vivência e do contato constante com a categoria, apostar na atualização e formação de representantes e dirigentes é parte importante no processo de criação da pauta de reivindicações. Com a premissa de que o conhecimento fortalece as batalhas em prol da classe operária, o 2º Seminário de Pauta das Estatais Federais, promovido pela Feittinf, contou com a participação de Marco Antonio Pereira, economista da subseção do Dieese no Sindpd em São Paulo.
Resiliência na crise
Além do desenvolvimento comprovado e de apresentar expectativas positivas, o setor de TI foi um dos menos afetados pela conjuntura econômica desfavorável do País. A diminuição de empregos no mercado de tecnologia obteve um impacto inferior em relação aos outros setores e subsetores da economia. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) referentes a dezembro de 2016 apontam que a perda dos postos de TI existentes no País foi de 1,25%, ante a 2,28% do setor de serviços e 3,33% do total nacional.
O mercado de TI apresenta uma capacidade de resiliência frente ao quadro de crise. Entre os fatores que contribuem para a recuperação do setor estão a renovação e atualização constantes. Com avanço tecnológico acelerado, possui uma dinâmica própria, marcada pela criação de soluções inteligentes. Como explica Marco Antonio Pereira, é possível manter a capacidade produtiva mesmo em tempos adversos. Isso se dá graças a uma contra tendência nos serviços de tecnologia. “O empresário que está enfrentando a crise procura cortar custos. Busca-se reduzir salários e a dependência em relação à mão de obra. O setor de TI gera tecnologia que, em larga medida, é poupadora de força de trabalho. Mesmo nesse período, o que se observa é uma ampla demanda pela produção de TI”, esclarece o economista.
Estudos realizados pela ABES (Associação Brasileira das Empresas Software) e pela consultoria IDC reúnem dados favoráveis em relação aos investimentos em TI no Brasil. Comparado às demais economias mundiais, cuja média de investimentos é 5,6%, o mercado brasileiro ocupa a 7ª posição. Na América Latina, o País continua líder absoluto com 45% das aplicações. O futuro também é promissor para o setor. Conforme a pesquisa realizada pela IDC Brasil, a expectativa de crescimento para 2017 é de 5,7%.